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João Dias Rezende Filho nasceu em 31 de julho de 1981, no Hospital Português São João de Deus — que, desde a fundação, em 1862, é dirigido e mantido pela Real Sociedade Humanitária Primeiro de Dezembro —, em São Luís do Maranhão.

Era filho único da união de João Dias Rezende (*1949), economista graduado pela antiga Faculdade de Ciências Econômicas do Maranhão e Rita de Cássia Pires Barbosa Pecegueiro (*1960), administradora de empresas e designer de moda.

Pelas linhagens paternas, Pe. João descendia de famílias da aristocracia rural da região dos Lençóis Maranhenses (Diniz, Soeiro, Dias, Miranda e Carvalho), sendo trineto do Capitão Henrique Diniz Soeiro Dias (†1918). Seu avô paterno, Nataniel Farias de Rezende (1917-1983), da Marinha do Brasil, serviu durante muitos anos como chefe do farol das Preguiças e primeiro faroleiro no povoado de Mandacaru, na cidade maranhense de Barreirinhas, sendo filho de João José de Moraes Rezende (1882-1954), pernambucano de Garanhuns, que ingressou na Marinha e, posteriormente, fixou residência no Maranhão, na região dos Lençóis. João descende ainda pelo lado paterno do Coronel Joaquim Soeiro de Carvalho, pai do médico e governador do Maranhão entre 1957 e 1961, José de Matos Carvalho (1905-1993) — chamado em família de Zezico.

Os avós maternos do Pe. João foram o Dr. Mário Corrêa Pecegueiro (1929-1993), farmacêutico-bioquímico, professor titular da Universidade Federal do Maranhão e a Senhora, nascida Tamar Pires Ferreira Barbosa (1930-), cirurgiã-dentista. O Prof. Mario Pecegueiro provinha da burguesia luso-maranhense, sendo neto de dois industriais e comerciantes portugueses estabelecidos no Maranhão, Joaquim Julio Corrêa (1857-1937) e Manoel Coelho Pecegueiro Junior (1857-1924), este último um monarquista atuante.

Já a Dra. Tamar Pecegueiro descendia da aristocracia rural que colonizou o Piauí e o sul do Maranhão (Castelo Branco, Almendra, Gayoso, Pires Ferreira, Barbosa, Coelho, Rocha, Barros, Pereira, Carvalho, Rego Freitas), sendo seus avoengos o líder da Revolução Pernambucana de 1817 e deputado-geral do Império Gervasio Pires Ferreira (1765-1836), o senador piauiense Joaquim de Lima Pires Ferreira (1869-1958) e o capitão-mor da Vila de São João da Parnaíba (atual cidade de Parnaíba-PI) e mestre-de-campo setecentista João Paulo Diniz, colonizador do norte do Piauí e de parte do Maranhão, pecuarista que recebeu várias sesmarias do Rei D. José I e da Rainha D. Maria I. Essas linhagens são estudadas pelo jornalista Edgardo Pires Ferreira em sua volumosa obra “A Mística do Parentesco” (1987), hoje disponível na Internet (www.parentesco.com.br).

João Dias Rezende Filho, ainda pela linha de sua avó materna, era trineto do chefe do antigo Partido Liberal no Maranhão, José Barbosa (1856-1941), sobrinho-bisneto do deputado estadual Thucydides Pires Ferreira Barbosa (†1959), e sobrinho-neto do Coronel EB José Maria Barbosa, que foi governador do antigo Território do Rio Branco (Estado de Roraima). Destaca-se ainda na parentela da Dra. Tamar seu primo-irmão lazarista, D. José Carlos Melo CM (1930-2017), que foi bispo auxiliar (1991-1999) e, depois, arcebispo auxiliar de São Salvador da Bahia (1999-2002) e arcebispo metropolitano de Maceió (AL), de 2002 a 2007, quando renunciou canonicamente.

João cursou parte do Ensino Fundamental no Colégio Santa Teresa, das Irmãs Dorotéias de Santa Paula Frassinetti e o restante dos estudos no Colégio Girassol, ambos em São Luís. Bacharelou-se em Ciências Jurídicas pelo UniCEUMA (Centro Universitário do Maranhão) em 2003.

De família profundamente católica, João sentiu-se chamado ao sacerdócio e ingressou em 2006 no seminário a fim de preparar-se para servir a Deus e a seu povo. Cursou Filosofia e Teologia no IESMA (Instituto de Estudos Superiores do Maranhão). Foi ordenado sacerdote por D. Frei José Belisário da Silva OFM, em 07 de setembro de 2013, na presença de diversos conselheiros idiianos.

Era membro efetivo da Associação Brasileira de Pesquisadores de História e Genealogia (ASBRAP) e sócio da Confraria dos Bibliófilos do Brasil.

Tomou posse como sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão em 22 de março de 2018.

Foi conselheiro administrativo e consultivo do Instituto D. Isabel I e seu representante em São Luís do Maranhão por muitos anos. Era capelão das irmãs do Carmelo de São José e titular na Paróquia de Nossa Senhora da Luz, em Paço do Lumiar (MA), além de orientador espiritual da Associação Ad Maiorem Dei Gloriam.

Publicou inúmeros artigos, frutos de suas pesquisas em História e Genealogia, na imprensa maranhense e em revistas especializadas e lançou em 2013 o livro “São Luís, Rei de França” (Arquidiocese de São Luís), enquanto ainda era diácono.

Pe. João deixa enlutados a mãe, o pai, os irmãos Pedro Henrique e Bertha Júlia Pecegueiro Anchieta e o padrasto, a quem também considerava pai, Sérgio Anchieta, além dos amigos, parentes, paroquianos e todos os que tiveram a graça de conhecê-lo e com ele conviver.

Vitimado pela Covid-19, Pe. João faleceu dia 06 de maio de 2021, no Hospital Universitário Presidente Dutra, da UFMA, em São Luís, e foi enterrado no túmulo de seus amados avós, no Cemitério do Gavião.

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